domingo, 25 de março de 2012

Agricultura de subsistência mingua - no RN.

Valdir Julião - Repórter

A região semiárida do Sertão Central é onde se registra, historicamente, os menores índices pluviométricos do Rio Grande do Norte, que em média chega a 500 milímetros ao ano. Mas, os agricultores são persistentes e a qualquer sinal de chuva, ainda correm para cortar e arar a terra para o plantio de culturas de subsistência, principalmente as iguarias que não podem faltar à mesa do nordestino - feijão e milho.

E ao contrário do que ocorria antes, hoje não se planta mais o bastante para armazenar os excedentes em grandes silos de 25 e até 40 cuias, a antiga medida de volume dos agricultores do Sertão da região Nordeste.

Em Angicos, onde somente 13,87% ou 1.464 dos seus 11.549 habitantes residem no campo, o técnico agrícola Gilson Silva Araújo mantém o hábito de cultivar feijão e milho na fazenda "Sombra do Cruzeiro", já no limite com Itajá (Vale do Açu), numa propriedade de cerca de 400 hectares que seu falecido pai adquirira numa troca por 96 cabeças de gado e mais 280 hectares de terra que possuía em Jucurutu, na região do Seridó. "Hoje não se faz mais isso, é tudo em moeda corrente", contou ele, que agora, em março, tinha usado o último grão de feijão, colhido em 2008: "Não dava mais para comer, a gente deu para as galinhas".
(...)

"Atividade secular não pode ser desprezada"

"Não podemos desprezar e tirar dos agricultores uma atividade secular e histórica, mesmo com as suas adversidades", posiciona-se o analista de Mercado de Produtos e Produtos Agrícolas,  Luís Gonzaga Araújo e Costa, da Superintendência Regional da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
(...)
Mesmo não tento autossustentabilidade devido à escassez de terras agricultáveis e insuficiente oferta de água, Costa acredita que é a diversificação da atividade dos agricultores familiares podem lhe permitir alguma renda extra.

Link para matéria completa: tnonline.

Nenhum comentário:

Postar um comentário